A Radiologia na Medicina Veterinária

Aspectos da Radiologia Veterinária

Com o avanço da tecnologia, a aquisição de aparelhos científicos e radiológicos tornou-se acessível ao mercado para vários profissionais da área da saúde, incluindo o médico veterinário.

Profissionais que antes encaminhavam seus pacientes para clínicas especializadas em Radiologia Veterinária enfrentavam situações desconfortáveis, como a locomoção do animal para outro local, longos períodos de espera para o laudo radiológico, custos elevados na realização do exame, além do descontentamento do proprietário do animal com o atendimento externo e outras intercorrências.

O número de hospitais e clínicas veterinárias que oferecem serviços de diagnósticos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, pois além de oferecerem serviços de radiodiagnósticos e análises clínicas, otimizam a clínica do animal, salvando vidas e garantindo a satisfação do proprietário.

O investimento necessário para a compra de um aparelho de raios-X para uso em animais de médio e pequeno porte é relativamente baixo, em torno de quinze mil reais, considerando a preparação da sala com barita, laudos especiais, além dos acessórios radiológicos como reveladora, filmes, negatoscópio, cone, divisor, aventais, protetores de tireoide, luvas e óculos de chumbo, entre outros materiais indispensáveis. Essa estatística é considerada positiva em relação ao custo-benefício que o investimento oferece.

No entanto, o veterinário deve dar atenção a algumas normas e conceitos sobre proteção radiológica e os riscos de contaminação, que são muito importantes e merecem cuidados. Há fornecedores de aparelhos de raios-X de utilização veterinária que informam não ser necessário o uso de baritas para seus aparelhos, pois são equipamentos de baixa voltagem e kilovoltagem, o que pode gerar erros de interpretação e ocasionar contaminação operacional. Muitas vezes, se entende que não é necessário o uso de vestimenta de chumbo para proteção, o que é preocupante.

Os aparelhos de raios-X, quando acionados, emitem radiações ionizantes e não podem ser operados por pessoas não autorizadas, isto é, sem o conhecimento necessário sobre radioproteção, pois podem causar consequências sérias para o usuário e pessoas próximas ao setor, como câncer de medula, infertilidade e má-formação em fetos na fase embrionária, entre outras situações de risco.

Nas últimas décadas, pesquisas e trabalhos estão sendo realizados e colocados em prática em diversos países, incluindo o Brasil, com o objetivo de otimizar os meios de proteção das radiações ionizantes aplicadas na medicina, assim como esclarecimentos sobre a radioproteção.

Os raios-X são ondas eletromagnéticas capazes de ionizar um meio, causando mutações genéticas em doses elevadas, além dos efeitos biológicos de grande preocupação para a sociedade científica.

São poucos os serviços e hospitais veterinários que possuem um Tecnólogo em Radiologia Médica para realizar as radiografias, pois este profissional, além de administrar o posicionamento correto do animal, gerencia todo o conceito de radioproteção necessário para o bom andamento do setor, com técnicas e condutas de elevado grau científico e profundo conhecimento da anatomia animal, física médica e da tecnologia em aparelhos radiológicos. Quando o Tecnólogo não está presente, é o próprio Médico Veterinário que realiza o exame radiológico, ao necessitar de radiografias para várias situações clínicas e patológicas de interesse de pesquisa e esclarecimento. Além disso, conta com a ajuda do dono do animal, que acaba auxiliando no posicionamento, e todos merecem atenção especial com a utilização de vestimenta de chumbo, seguindo os protocolos de radioproteção.

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Autoria do Artigo:
Eraldo Carvalho:
Tecnólogo em Radiologia Médica Veterinária.
E-mail: irradiar@irradiar.com.br

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