Exercitar-se com seu cão é uma forma completa de cuidar da saúde física e emocional de ambos. No entanto, é fundamental adaptar as atividades às necessidades específicas de cada porte, idade e raça. Confira sugestões seguras e eficazes para fortalecer o vínculo com seu cão por meio do movimento, sempre respeitando seus limites naturais.
Caminhadas adaptadas são o exercício universal
A caminhada é indicada para cães de todos os portes e perfis, mas deve-se ajustar duração, ritmo e horário de forma responsável. Cães pequenos e braquicefálicos, como pug ou shih tzu, devem caminhar em períodos mais frescos e em trechos curtos, com pausas frequentes. Já cães maiores e ativos (labradores, pastores, vira-latas de alta energia) se beneficiam de caminhadas mais longas e com variação de ambientes.
Mesmo cães idosos ou com limitações podem caminhar, desde que haja orientação veterinária. Aqui, o mais importante não é intensidade, mas sim constância.
Estímulos mentais também cansam e educam
Um cão não se cansa apenas correndo. Desafios que envolvem faro e raciocínio são valiosos para seu desenvolvimento. Espalhar petiscos ou ração pela casa para ele procurar, ou usar brinquedos interativos, são ótimas opções.
Essas atividades servem especialmente para cães de baixa energia, idosos ou que estão em recuperação, mas também beneficiam os mais jovens e ativos.
Corrida é para cães atléticos e bem condicionados
Correr ao lado do tutor pode ser positivo para raças naturalmente atléticas (como border collie, husky e weimaraner), desde que haja condicionamento prévio e aprovação veterinária. Cães com sobrepeso, displasia ou focinho achatado devem evitar esse tipo de exercício mais intenso.
Verifique sempre o solo, a temperatura ambiente e garanta boa hidratação. Nunca force seu cão a continuar se ele demonstrar sinais de cansaço ou desconforto.
Brincadeiras de puxar fortalecem confiança e musculatura
Brincar de “cabo de guerra” com um brinquedo resistente pode exercitar mandíbula, patas dianteiras e o vínculo entre tutor e cão. Porém, é importante ensinar comandos como “solta” e “espera”, para que a atividade seja controlada e segura.
Use brinquedos adequados ao porte do animal e observe sinais de excitação exagerada. Se ocorrer, interrompa e retome quando o cão estiver mais calmo.
Subir escadas e rampas: só para cães saudáveis
Esse exercício é excelente para fortalecer a musculatura traseira e melhorar a coordenação, mas somente para cães jovens e sem problemas articulares. Raças com predisposição a hérnia de disco (como dachshunds) ou cães idosos devem evitar essa atividade.
Para os cães que podem praticar, subir alguns degraus com cautela pode ser mais eficiente do que uma longa caminhada.
Sessões curtas de treinamento também cansam
Ensinar comandos como sentar, deitar ou dar a pata é mais do que adestramento: envolve foco, repetição e fortalece a conexão entre você e seu cão. Raças inteligentes (poodle, pastor, border collie) se destacam, mas todos podem aprender no seu próprio ritmo.
O ideal é treinar por 5 a 10 minutos, várias vezes ao dia, sempre com reforço positivo. Assim, você canaliza a energia mental e melhora a convivência.
Exercitar é cuidar — mas com responsabilidade
A maior prova de amor que você pode dar ao seu cão é respeitar seus limites, mesmo na hora de brincar. Observe sinais de cansaço, adapte as atividades à raça e ao porte, e priorize sempre o bem-estar dele.
Feitos de forma adequada, os exercícios se tornam fonte de alegria e momentos inesquecíveis de conexão entre você e seu melhor amigo.