Boxer
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Raça de origem alemã, foi desenvolvida no final do século XIX por um grupo de cinófilos alemães que procuravam obter, mediante o cruzamento de um tipo de cão antigo, conhecido como Bullenbeisser com o Buldogue Inglês uma raça de características homogêneas e elegantes.
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Perto de 1890, um cão com as características do atual Boxer se apresentou em Munich, cidade alemã da região da Bavária e acasalou com um antigo bulldog. Desse cruzamento, resultou cães de queixo desenvolvido, orelhas altas e ossos fortes. Derivou-se consequentes cruzamentos destes exemplares a fim de eliminar-se os excessos de cor branca, proveniente do bulldog, e com isso, obterem-se a coloração desejada, o louro ou dourado, e além disto e principalmente, reduzir a robustez e conformação pesada, buscando uma conformação mais ágil e elegante. O Bullenbeisser era um cão de pelagem dourada ou tigrada e sua constituição física era muito maciça, de cabeça grande, e musculatura exagerada.
Em 1896, fundou-se o primeiro clube do Boxer em Munich. A partir daí, foi celebrado entre os formadores da raça a necessidade de eliminar-se por completo todas as características do bulldog que poderiam desvalorizar o boxer ideal, procurando fixar o dourado e o tigrado como cor padrão em detrimento do branco.
Passados mais de cem anos para o aperfeiçoamento da raça, o que vemos hoje é um cão harmonioso, elegante e potente. Compacto e de figura quadrada, sua ossatura é pesada e sua pelagem curta. De musculatura plástica é poderosamente desenvolvida e nitidamente definida, o que confere um aspecto atlético e nobre. De estatura média para grande, os machos devem medir em torno de 60 cm, sendo que os machos com mais de 60 cm, devem pesar mais de 30 quilos. As fêmeas, um pouco menores, medem cerca de 55 cm e auelas que medirem mais de 56 cm, devem pesar mais de 25 quilos.
De temperamento fiel e muito ligado ao dono e seu território, o Boxer é um intrépido guardião. Corajoso, é dotado de um ataque potente que é facilitado pela projeção de sua mandíbula; quando parte para desempenhar esta função, somente desiste se acionado por seu dono ou vencido pela morte. Dócil no meio familiar, não é um cão de um único dono. Festeja a todos com muita alegria. Com crianças, sua dedicação é incrível. Mesmo sem conhecer, cuida e brinca com elas como se fossem crianças da casa. É dotado de exímio olfato e sua docilidade, aliada a energia, fazem do Boxer um cão fácil de ensinar. Embora não tão popular nos dias de hoje, o Boxer se mantém, há anos, entre as dez raças mais registradas no Brasil.
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O Boxer, devido a sua versatilidade e temperamento tolerante, agrada os mais variados tipos de pessoas, principalmente aquelas que procuram aliar guarda e companhia numa única raça.
A cor da pelagem hoje reconhecida pelos padrões oficiais da raça é o dourado e o tigrado, no entanto, o contingente de cães de pelagem branca vem crescendo muito e alguns cães de pelagem negra já começaram a serem criados o que deve, certamente, mudar a concepção atual das cores permitidas em um médio espaço de tempo.
É um cão que não late a toa e que gosta de estar perto do dono, entretanto, não é daquelas raças que solicitam atenção a toda hora.
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Embora seja um cão ativo, não é exigente na questão espaço. Um quintal e um corredor são suficientes. Há relatos de proprietários que os têm em apartamentos e segundo eles, vivem bem e não incomodam. A pelagem curta favorece a condição de higiene e por não exalar aquele "cheirinho de cachorro" forte, não é impecílio para criá-lo nestes ambientes. É bem verdade que os passeios são convenientes, mas nada que precise ser longo ou cansativo.
Vale lembrar que a aparente docilidade não significa que são bonachões e servem apenas para companhia. O Boxer é um eficiente e valente cão de guarda.
Esta página é de responsabilidade de Marcello Alonso.
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Diretor Regional - Sociedade Brasileira de Cinofilia
Sobraci - Ala Litoral - Juiz de raças.
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